O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Türkiye emitiu uma forte condenação após um incidente em que soldados israelitas abriram fogo contra um grupo de diplomatas, incluindo um funcionário consular turco, durante uma visita à cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada.
Numa declaração muito incisiva, na quarta-feira, o ministério descreveu o ataque como uma “grave ameaça” à segurança diplomática e um reflexo do “desrespeito sistemático do direito internacional e dos direitos humanos” por parte de Israel.
“Condenamos veementemente os disparos por parte de soldados israelitas contra um grupo de diplomatas, incluindo um funcionário do Consulado Geral da Türkiye em Jerusalém”, afirma o comunicado. O comunicado sublinha que as vidas dos diplomatas foram postas em perigo no que Ancara considerou um acto inaceitável.
Apelo a uma investigação imediata
O ministério exigiu uma investigação imediata ao sucedido e sublinhou que os responsáveis devem ser responsabilizados. Apelou igualmente à comunidade internacional para que adopte uma posição firme contra o incidente.
“O ataque a diplomatas constitui uma grave ameaça não só à segurança individual, mas também ao respeito e à confiança mútuos que constituem a base das relações entre os Estados”, prosseguiu o comunicado.
A Türkiye instou os intervenientes internacionais a condenarem o ataque "nos termos mais fortes possíveis" e a tomarem medidas concretas para lidar com o que chamou de crescente "impunidade" de Israel nos territórios palestinianos ocupados.
Não houve resposta imediata das autoridades israelitas em relação ao incidente.