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Um ataque mortal em Vancouver abala o último dia da campanha eleitoral no Canadá
As sondagens mostram sistematicamente que os canadianos acreditam que Mark Carney é o candidato mais forte para enfrentar Washington.
Um ataque mortal em Vancouver abala o último dia da campanha eleitoral no Canadá
Último dia de campanha eleitoral no Canadá abalado por atentado em Vancouver / AP
28 de abril de 2025

Os líderes canadianos fizeram o último apelo aos votos um dia antes das eleições dominada pelas políticas do Presidente dos EUA, Donald Trump, mas foram abalados nas últimas horas da campanha por um ataque mortal com um carro em Vancouver.

O Primeiro-ministro Mark Carney, líder do Partido Liberal, é o candidato favorito para vencer o líder do partido conservador Pierre Poilievre nas eleições de segunda-feira, mas as sondagens mostram que a corrida se tornou mais apertada nos últimos dias.

O primeiro-ministro interrompeu brevemente a sua agenda de campanha no domingo para se dirigir à nação depois de um condutor ter atacado uma multidão num festival de rua filipino na Costa Oeste de Vancouver, matando 11 pessoas.

Carney, de 60 anos e pai de quatro filhos, emocionou-se ao manifestar o seu apoio às vítimas.

“Ontem à noite, as famílias perderam uma irmã, um irmão, uma mãe, um pai, um filho ou uma filha”, disse Carney. “Estas famílias estão a viver o pior pesadelo de qualquer família”.

Depois de cancelar um evento previsto perto de Vancouver, o partido liberal informou que Carney visitaria a cidade mais tarde no domingo.

Um homem de 30 anos que, segundo a polícia, tinha um historial de problemas de saúde mental e interações anteriores com as forças da ordem, foi detido na sequência do ataque que feriu dezenas de pessoas.

Poilievre, que compareceu ao lado da mulher numa igreja da cidade de Mississauga, a oeste de Toronto, no campo de batalha eleitoral, condenou e descreveu o ataque como um “ato de violência sem sentido”. 

“Os nossos corações estão convosco hoje. Todos os canadianos estão unidos em solidariedade com a comunidade filipina”, disse Poilievre.

O ataque de Vancouver desviou logo a atenção do país de Trump, cuja guerra comercial e ameaças de anexar o vizinho do norte de Washington causaram indignação entre os canadianos.

As sondagens mostram consistentemente que os canadianos acreditam que Carney, um antigo funcionário do banco de investimento que também liderou os bancos centrais do Canadá e da Grã-Bretanha, é o candidato mais forte para enfrentar Washington.

Desde que substituiu Justin Trudeau como primeiro-ministro, em 14 de março, Carney tem procurado convencer os eleitores de que o seu currículo o preparou para liderar o Canadá numa guerra comercial e responder às tarifas que estão a afetar sectores-chave como o automóvel e o aço.

Poilievre, um homem de 45 anos que está no parlamento há duas décadas, tem trabalhado para manter o foco nos custos de vida que subiram durante a década de Trudeau no poder. Argumentando que Carney dará continuidade àquilo a que chama de uma governação liberal falhada.

No domingo, o agregador de sondagens da televisão pública CBC divulgou os resultados da sondagem, o apoio nacional ao partido liberal é de 42,8% e ao partido dos conservadores é de 38,8%. 

Tal como nas eleições americanas, os números das sondagens nacionais podem não prever o resultado.

Quando a votação terminar na segunda-feira, os conservadores estarão atentos ao desempenho do Novo Partido Democrático (NDP), e do partido Bloco Quebequense.

Nas últimas eleições canadianas, os fortes desempenhos do NDP em Ontário e na Colúmbia Britânica e uma boa prestação do Bloco Quebequense reduziram o número de lugares dos liberais, mas as sondagens sugerem que os dois partidos mais pequenos poderão enfrentar um retrocesso.

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